segunda-feira, 10 de agosto de 2015

EU ERA MAIS À ESQUERDA MAS, DIANTE DO QUE VEJO, EU ME RENDO


Eu nem era tão Lula assim. Sou mais à esquerda mas, votei nele em 2002. Contudo, esperava mais, muito mais. Tolice. Em um Brasil com a pior e mais podre elite política e social do mundo, com parte de uma classe média fascista, que já depôs presidente popular, que já fez presidente popular suicidar, esse homem, sem derramar sangue, sem criar abalos, esse homem fez a mais profunda reforma na estrutura social brasileira - votei nele em 2006 novamente.
Eu nem era tão Dilma assim. Sou mais à esquerda. Mas, votei nela em 2010. Todavia, esperava mais. Mas, veja: Dilma enfrentou Globo, enfrentou Veja, enfrentou fascistas. E ganhou. E venceu o golpe sujo da direita brasileira. Aprofundou a reforma na estrutura social brasileira. E então lembrei-me - é a mesma que venceu câncer, que venceu torturadores, que venceu ditadura. E permanece com um governo admirado pelo mundo inteiro. E amada por seu povo (falei povo). Acredita, firmemente, que é possível fazer deste país um país justo. Enquanto os abutres da direita, almas pequenas, enlouquecem ao perceberem que, embora façam de tudo, não atingem a nobre dama - votei nela em 2014 novamente.
Eu nem era tão PT assim. Sou mais à esquerda. Entretanto, tenho visto esse partido apanhar inacreditavelmente da parte fascista da sociedade brasileira e manter-se de pé. E com dignidade. Apanha de canal de televisão corrupto, apanha de juiz financiado pelo golpe, apanha de tucanos financiados pelos EUA, apanha da máfia. Ninguém resistiria a tudo isso. E no entanto, inacreditavelmente, resistem. Lula mantém o mesmo sorriso de esperança por um Brasil melhor, como no início. A mesma emoção. Dilma segue adiante, realizando um governo voltado para o bem estar do povo. Fazendo do golpe - que derrubaria qualquer um - em algo que não a atinja. Faz crer que o sonho não acabou.
Ambos, Lula e Dilma, tiraram milhões da miséria. Deram nova perspectiva à sociedade brasileira. Fizeram do Brasil um país do presente.
Volto às urnas em 2018 para votar no Lula. Entendendo que, finalmente, depois de 500 anos, minha pátria encontrou seu caminho.

Walter Ferreira é funcionário público, bacharel em Direito e fazendo licenciatura em História (não recebe bolsa-família, é de esquerda e vota no PT)

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