sexta-feira, 29 de abril de 2016

Chefe dos fascistas de Curitiba

Conspirador golpista tucano favoreceu os interesses estadunidenses contra o Brasil, por isso foi premiado tanto pela famiglia marinho como pela mídia norte-americana. Foi o primeiro a romper a legalidade e rasgar a Constituição, promovendo prisões ilegais, o sequestro de Lula e a divulgação de conversas privadas pela Rede Goebbels.
E os midiotas ainda aplaudem o criminoso.

quinta-feira, 28 de abril de 2016

QUEM É A CABEÇA DO GOLPE?

Celso Vicenzi   

Primeiro, a esquerda identificou na revista Veja o principal agente da desestabilização do governo Dilma, embora os ataques já ocorressem desde os dois mandatos de Lula. Nitidamente, a revista tornou-se, mais que um panfleto, uma publicação capaz de fazer ataques fascistas, sem que o Judiciário pusesse um freio a esses abusos, perpetrados em nome de uma equivocada interpretação do direito à liberdade de expressão que o país nunca teve, pela enorme concentração da propriedade dos meios de comunicação.
Mais adiante, surgiu a Operação Lava-Jato em que um juiz de primeira instância no Paraná, sob cujo nariz passaram alguns dos maiores escândalos de corrupção (Banestado, por exemplo), sem maiores consequências, se transformou em ídolo das manifestações de direita. Embora a Lava-Jato tenha centrado o foco principalmente no PT, em Dilma e Lula, houve quem achasse que o objetivo era o combate à corrupção. Tese que cai por terra a cada dia que passa sem que Cunha seja preso e Aécio investigado, por exemplo – visto que já foi delatado seis vezes.
Outro agente importante do golpe foi identificado no Ministério Público Federal “hegeliano” de São Paulo, que se meteu em trapalhada judicial e histórica, ao fazer confusão entre Engels e Hegel. Digamos que os três promotores paulistas, em sua tentativa de demonstrar erudição, estavam muito mais próximos de Grouxo do que de Karl Marx. Notabilizaram-se por tentar seus cinco minutos de fama, na tentativa de prender Lula. Mas, no fundo, trapalhadas históricas à parte, o objetivo que pretendiam foi devidamente alcançado, idem a condução coercitiva de Lula para depor: injetaram ânimo na classe média que foi às passeatas com seus poodles e suas babás. A perspectiva muito próxima de um Lula na cadeia e uma Dilma derrubada por impeachment, colocou milhares de pessoas nas ruas do país, boa parte deles espumando de ódio e pedindo a volta da ditadura.
Mas o golpe não tem origem, também, na Polícia Federal, esse Frankstein que se recusa a voltar para o lugar onde sempre deveria estar, constitucionalmente respondendo ao Ministério da Justiça. A PF, um dos atores da espetacularização das ações judiciais, agora quer atuar com independência. Criativo como é, o Brasil tem tudo para instituir a democracia dos seis poderes: Executivo, Legislativo, Judiciário, Ministério Público, Polícia Federal e o Salve-se Quem Puder! Mas, é preciso reconhecer, no caso da PF, que o órgão só se tornou rebelde e incontrolável porque a presidenta Dilma colocou no Ministério da Justiça um ministro que nunca se preocupou em investigar vazamentos da Lava-Jato, que partiam direto do juiz Moro para o Jornal Nacional. Deu no que deu.
O vilão do momento é a Globo, merecidamente, porque é quem faz o trabalho mais sujo, que é o de mentir, manipular e distorcer os fatos, do jeito que a direita precisa para convencer a população de que estão combatendo a corrupção. Sem uma mídia “obscena”, como diz Marilena Chauí, não seria possível um golpe. O líder negro norte-americano Malcolm X, também já alertara, que “se você não for cuidadoso, os jornais farão você odiar as pessoas que estão sendo oprimidas, e amar as pessoas que estão oprimindo”. É a tarefa da Globo e outros parceiros midiáticos. Mas a Globo não é o cérebro do golpe. Ao incitar a população por meio de um jornalismo manipulador, é o órgão executor do golpe, mas ainda não o seu ideólogo. A Globo não funciona sem o dinheiro que a irriga.
Não é o presidente da Câmara, Eduardo Cunha que, a despeito de ser acusado de corrupção com provas que chegam ao Brasil chanceladas pelo governo suíço, sem que a Justiça faça nada, está ali a serviço de poderes muito mais fortes que o comandam. Cunha é uma das peças-chave do golpe que, para escárnio de todo um país, vai comandar o impeachment em que um terço dos “julgadores” respondem por ações criminais no STF. Dá para ter uma ideia do autoengano – melhor seria dizer má-fé – daqueles que tentam convencer que o impeachment de Dilma, a prisão de Lula e a perseguição descomunal ao PT têm razões de combate à corrupção. Ledo e triste engano.
Poderia ser Janot, agora é acusado de ter dado aval à divulgação relâmpago de grampos contra uma presidenta da República, um crime de Segurança Nacional, mas que no país das jabuticabas, tudo é visto com muita naturalidade. Vale até quebrar as regras da Constituição, justamente por aqueles que são muito bem pagos para por ela zelar. Mas já atingimos a etapa do vale-tudo judiciário, em que a quebra da legalidade é justificada pelo juiz Moro por uma suposta “relevância”, nada muito surpreendente para quem se notabilizou por usar a prisão como forma de pressão para obter delações – muito bem “premiadas” – caso o prisioneiro fale, digamos, o que é música para os ouvidos do magistrado.
Sim, estamos diante de uma justiça já com o veredicto pronto, só precisando preencher as “provas”. Janot teve o cinismo de citar numa sabatina no Senado em que esteve presente o conterrâneo Aécio Neves, que “pau que bate em Chico também bate em Francisco”. Mas nunca bateu, tanto que depois de seis delações e fartos documentos incriminadores, Aécio não só está solto como ainda vai à mídia dar discursos de moral e ética.
Mas, afinal, quem, então, é a cabeça do golpe? Elementar, diria Watson, o companheiro do famoso detetive Sherlock Holmes, personagem criado por Arthur Conan Doyle (embora a frase não aparece, dessa forma, em nenhum de seus contos ou livros).
Há dois agentes claramente identificados. É só seguir o dinheiro. Todos os agentes citados anteriormente fazem parte de um sistema que, embora democrático, é amplamente dominado pelos donos do capital para servir a seus interesses de acumular cada vez mais capital.
No plano externo, como hoje sabe-se, até mesmo por documentos que já são de domínio público, os Estados Unidos tiveram papel essencial na instauração do golpe civil-militar de 64. E estavam preparados para atuar, inclusive, se houvesse reação.
Ora, tem que ser muito ingênuo para achar que o país que tem centenas de bases militares espalhadas pelo planeta, que é a nação que mais invadiu militarmente outras nações, que usa a sua mais poderosa máquina de guerra para garantir o seu domínio sobre outros povos, que “grampeia” chefes de estado de todo o mundo, não estaria interessada em mudar a direção política de um dos 10 países mais ricos e que, a partir de Lula, caminhou em direção ao BRIC, que desafia o futuro do império norte-americano. Os Estados Unidos são também um dos países com o maior número de agentes de espionagem espalhados por todos os lugares onde têm interesse geopolítico. Por que eles não estariam também entre nós?
Mas nada disso seria tão facilmente possível – o golpe – se os donos do capital, no Brasil, não estivessem também interessados em derrubar o governo eleito. Sem perspectivas de voltar a conquistar a presidência da República pela via democrática, o empresariado brasileiro mergulhou com tudo no golpe. Basta acompanhar as ações, as declarações de seus líderes e as notas oficiais de suas principais confederações, federações e sindicatos patronais em todo o país. A começar pela mais poderosa, a Fiesp.
Darcy Ribeiro já nos dissera que este é um ótimo lugar para se fazer um país, profecia que nunca se cumpriu, segundo ele, porque temos uma das elites mais perversas do mundo. “Nós temos uma das elites mais opulentas, antissociais e conservadoras do mundo”. Há várias razões para o país ser como é, do jeito que é, a começar por um passado escravocrata de três séculos, que se perpetuou depois num país de sub-classes. Mas não é objeto desse artigo aprofundar essa questão.
Os donos do capital no país, que financiaram um dos Congressos mais reacionários da história, agora querem cobrar a conta. Querem de volta o país que sempre foi deles, em todas as instâncias. O povo, para eles, é mero coadjuvante para legitimá-los nessa falsa democracia que não oferece cidadania e dignidade à imensa parcela da população, excluída dos benefícios e das riquezas que geram.
Querem novamente pôr nas costas dos que menos têm o ônus da sua opulência. Querem reduzir direitos trabalhistas com a desculpa de criar mais empregos, querem cortar programas sociais, querem reduzir a previdência, retirar o Estado de áreas em que a iniciativa privada quer dominar para ganhar mais dinheiro. A lista é longa, imensa. Querem um país de privilégios para uma minoria, enquanto usará a força, das leis e das armas, para manter o pobre em seu lugar, sem perspectivas de ascensão, a não ser como exceção.
Lula, a jararaca, símbolo de um país que minimamente começou a sonhar com a redução das desigualdades, tem enorme desvantagem contra essa hidra de várias cabeças. Seu futuro e o de Dilma, que se aproxima do fim, é ocupar o lugar que lhes cabe na história, que um dia será melhor contada, sobre quem foram os golpistas, os traidores, os democratas e os verdadeiros defensores de uma pátria para todos.

quarta-feira, 20 de abril de 2016

Presidente da FIESP: “não precisa de uma hora do almoço”


Durante entrevista ao jornalista Fernando Rodrigues, da UOL, o vice-presidente da FIESP e diretor-presidente da CSN, Benjamin Steinbruch declarou que os trabalhadores não deveriam ter horário para almoço.
“Não precisa uma hora do almoço […] Você vai nos Estados Unidos, você vê o cara almoçando, comendo o sanduíche com a mão esquerda, e operando a máquina com a direita. Tem 15 minutos para o almoço, entendeu? […] Por que a lei obriga que tenha que ter esse tempo?”, declara o presidente.
Além disso, ele diz sobre o fim de direitos básicos, como a “flexibilização” da jornada de trabalho, assim como da idade mínima para trabalhar.
A FIESP é uma das principais defensoras do fim da carteira de trabalho, ao mesmo tempo que são os principais agitadores da campanha golpista para derrubar o governo Dilma.
Para os patrões dessa entidade, os trabalhadores devem trabalhar o quanto o patrão quiser, sem horário de almoço ou qualquer outro direito, como plano de saúde, ou vale-transporte – segundo Benjamin, os trabalhadores não querem esses direitos. Afinal, para a burguesia, trabalhador não é gente.
Essas declarações demonstram o teor de quem quer derrubar o governo do PT: são escravagistas, querem manter um regime total de exploração sobre os trabalhadores, rasgar a CLT.

terça-feira, 19 de abril de 2016

Senador do PSDB vai a Washington receber orientações ...

Senador foi receber as ordens do patrão para o desfecho do processo de golpe no senado. A oposição brasileira é a mais calhorda que existe no mundo, em todo mundo os políticos fazem oposição , uns aos outros, a mais velhaca oposição do mundo faz oposição ao Brasil. Entregam nossas riquezas a preço de banana, destroem nossas maiores empresas da construção pesada, com a conivência de um juiz amigo, para abrir mercado para as empresas da construção pesada estrangeiras, que estão ociosas com a crise mundial, destroem o país simplesmente porque não conseguem ganhar as eleições nas urnas. O Brasil não precisa de nenhum inimigo externo, pois seus perdidos de oposição são os piores inimigos que um país pode ter. É realmente oposição ao país. (M.A. Jubé)

segunda-feira, 18 de abril de 2016



Cada vez me espanto mais com a “capacidade” que os governos do PT tiveram e ainda têm de trazer para seu lado traíras tão escancaradas! Se olharmos para o STF, a partir do Joaquim Casa Grande em diante, é quase uma UNANIMIDADE DE TRAÍRAS! A Secom nem se fala! A PGR…Janot salta aos olhos…a PF, pelo amor de Deus…e claro o grande Peixe Temer! De onde vem este TALENTO PETISTA para atrair TRAÍRAS…aguardo uma luz…

quarta-feira, 13 de abril de 2016

Mídia atinge a democracia à queima-roupa

Por Celso Vicenzi
Já se disse que jornalismo “é a história à queima-roupa”. Expressão que nos remete, de imediato, para “um tiro à queima-roupa”. Um atentado. É o que os tradicionais veículos da mídia oligopolizada do país estão promovendo neste momento contra a democracia. A sangue frio, como narraria Truman Capote.
Todos os movimentos, feitos com sutileza, astúcia, insinuação, artimanha, dissimulação, logro, malícia, maquiavelismo, trapaça e distorção (exagero? não!) são habilmente manipulados para tentar induzir boa parte da opinião pública a aceitar inverdades. A começar por uma que já se fixou na mente de boa parte dos brasileiros desinformados: a de que nunca se roubou tanto neste país quanto nos governos do PT e que uma quadrilha se instalou no poder – como nunca antes houvera na história dessa nação de anjos.
Por qualquer informação ou estatística que se busque, mesmo na imprensa tradicional, é fácil constatar que a quantidade de escândalos de corrupção e o montante de valores envolvidos, já foram muito maiores em governos anteriores. Só para fixar em um, de âmbito estadual, o do tremsalão tucano, em São Paulo, é dezenas de vezes superior ao “escândalo do mensalão do PT”. E num julgamento midiático, muito questionado, posto que permitiu condenar até mesmo sem provas, com a “teoria do domínio do fato”, que possibilitou à ministra Rosa Weber, do STF, por exemplo, proferir uma sentença que entrou para a história: “Não tenho prova cabal contra (José) Dirceu, mas vou condená-lo porque a literatura jurídica me permite”. Imagine – faça um esforço! –, caro leitor, prezada leitora, tamanho rigor aplicado com a mesma justiça a tantos cidadãos e cidadãs, na vida pública e privada desse país! Quantos sobrariam?
Não se trata aqui, obviamente, de uma contabilidade de crimes, menos ainda da tentativa de absolver culpados, mas de fazer a pergunta fundamental, que seria papel de todo jornalista: se apenas alguns são investigados e punidos, quais os interesses que estão por trás? Eu assinalaria a seguinte resposta: Um golpe de estado, jurídico-midiático-policial. Não é difícil demonstrá-lo, tamanhas são as evidências que já ganharam as ruas, as praças, mobilizaram juristas, intelectuais, artistas, as mais diversas entidades da sociedade civil que diariamente assinam manifestos e se posicionam na defesa da democracia e contra o golpe.
Afinal, quem ganha com isso? Quem ganha com o impeachment de uma presidenta que não é acusada de nenhum crime e nenhum outro ato previsto na Constituição que poderia servir de motivo para destituí-la do cargo para o qual foi eleita? E que vai ser julgada por dezenas de parlamentares que respondem a processos de corrupção na justiça? Por que a mídia aceita, com dócil subserviência, essa imoralidade? Quem ainda não vê a total partidarização política e a seletiva investigação de uma Operação Lava-Jato que, pensava-se no início, tinha foco exclusivo no combate à corrupção, mas que hoje permite que os maiores corruptos do país dela mantenham confortável distância? Como é possível aceitar que um parlamentar dono de uma folha corrida de crimes que se estende do Brasil à Suíça, já provado e documentado, ocupe impunemente a cadeira de presidente da Câmara e seja o comandante do impeachment? Por que a imprensa foge dessas perguntas como o diabo da cruz, enquanto sofisma e produz tergiversações eloquentes com o intuito de justamente distrair leitores, telespectadores, radiouvintes e internautas sobre o que de fato tem importância, para muito além de sítios e pedalinhos, visto que é o futuro do país que está em disputa?
Repito: Quem ganha com um golpe travestido de impeachment? Não o povo, os trabalhadores e todos aqueles que viram florescer, timidamente, uma democracia mais inclusiva no país, permitindo que milhões de brasileiros tivessem mais acesso a direitos que sempre foram negados à parcela mais pobre da população.
A mídia, a quem caberia fazer sínteses, comparações, análises e conclusões fidedignas, desde o início tornou-se protagonista de um golpe contra a democracia e vem cumprindo a sua indigna missão de embaralhar os fatos, distorcer, descontextualizar, manipular e omitir informações, papel fundamental para que se produza desinformação e ódio, que toma conta de muitos setores da sociedade, sobretudo nas classes média e rica, entre os detentores das profissões mais bem remuneradas e entre os que ocupam cargos importantes nas engrenagens da sociedade.
Em síntese, em boa parte daqueles que compõem o que se pode chamar de uma “elite brasileira”, em sua maioria branca, racista, preconceituosa, discriminatória, injusta, insensível, cruel e antinacionalista, porque se envergonha de seu país, como se não fosse a principal responsável pela nação tão desigual que se desenvolveu à beira do Atlântico e continente adentro. Poderia acrescentar, uma elite escravocrata, posto que ainda vê com naturalidade a enorme desigualdade social, o abandono e a miséria, e crê, firmemente, que a distância que a separa do resto da população é resultado de meritocracia e não de privilégios que sempre foram defendidos, a ferro e fogo, ao longo de séculos.
O povo, que se informa basicamente por TV e rádio, mesmo desinformado, desconfia e reluta em aderir ao golpe. Os mais conscientes, que geralmente participam de movimentos sociais, já estão nas ruas para defender a democracia.
O que a atual crise política demonstra claramente é que a frágil democracia brasileira não pode mais continuar a conviver com um sistema de mídia oligopolizado, que ameaça e chantageia os Três Poderes, ao mesmo tempo em que mantém na ignorância – ora anestesiando, ora insuflando – milhões de brasileiros, para que se perpetuem interesses particulares e de grupos a quem presta serviços – alguns deles, donos de imenso capital internacional.
O líder negro norte-americano Malcolm X (1925-1965), que viveu numa época em que a revolução midiática ainda não alcançara a força que hoje tem, já alertara: “Se você não for cuidadoso, os jornais farão você odiar as pessoas que estão sendo oprimidas e amar as pessoas que estão oprimindo”.
Imagine se ele tivesse conhecido a Globo!

quinta-feira, 7 de abril de 2016

Possuída pelo impeachment

ALEX SOLNIK

6 de Abril de 2016


Certa vez, nos primórdios da TV Record sob administração da Igreja Universal, o líder da seita e dono da rede, Edir Macedo entrou de surpresa na redação da emissora.

E flagrou o diretor de Jornalismo, que se tratava com antidepressivos, atravessando a sala apenas de meias pretas, sem sapatos.

Sem perda de tempo, Macedo ordenou ao diretor-geral, Guga de Oliveira:

- Temos que exorcisar!

E o jornalista, dono de bela carreira com passagens pelos principais órgãos de comunicação do país, teve que se submeter ao ritual, realizado na igreja do bairro do Brás, pois, caso contrário, seria sumariamente demitido.

Não sei o que Edir Macedo diria a respeito do "espetáculo" apresentado pela advogada Janaína Pascoal no púlpito localizado em frente à vetusta e histórica Faculdade de Direito do Largo do São Francisco.

Nem as emissoras de TV tiveram coragem de mostrar a cena na íntegra, selecionaram apenas os momentos menos eufóricos, digamos assim, menos constrangedores, com o intuito de proteger a imagem da protagonista do show de horror e poupar os telespectadores de um dos momentos mais grotescos da história brasileira.

Mas, nas redes sociais, o discurso raivoso, patético e ininteligível circula livremente para quem quiser ver.

Não sei se, depois disso, alguém terá coragem de confiar a ela alguma causa ou se seus clientes vão continuar sendo seus clientes. O que, no momento, é irrelevante.

O que me pergunto é como uma pessoa que se comporta dessa maneira foi alçada à cena nacional por dois advogados que, concordemos com eles ou não, ocuparam cargos relevantes na República e um deles, o lendário Hélio Bicudo, que nos anos da ditadura notabilizou-se pela coragem de enfrentar e condenar os famigerados policiais do chamado Esquadrão da Morte de São Paulo, é visto ao seu lado, apreciando a performance e aplaudindo a moça de cabelos desgrenhados que berrava ao microfone palavras de ordem sem sentido, andava para frente e para trás nervosamente e agitava um pano amarelo acima da sua cabeça.

O que me pergunto é como um pedido de impeachment assinado por essa pessoa que requer cuidados urgentes – sejam místicos ou médicos – foi aceito por outro personagem grotesco que estranhamente ocupa um dos postos mais importantes da República, sem falar no seu histórico de malfeitos que agridem a opinião pública, com apoio de deputados que se enrolam em bandeiras no plenário e berram no mesmo tom da possuída, esquecidos da frase cunhada no século XVIII pelo escritor inglês Samuel Johnson que melhor os define: "o patriotismo é o último refúgio dos canalhas".

Quando Chico Buarque disse, em 1984, em uma de suas mais brilhantes e conhecidas canções que "o estandarte do sanatório geral vai passar", não imaginava que estava descrevendo o ambiente que vivemos em 2016.

quarta-feira, 6 de abril de 2016

JK, Castelo Branco e o que é e não é ser um democrata

por Vandeck Santiago

Luiz Octavio Vieira em Política 0 Comentários Editar

Ser democrata ou a moralidade.

A história mais curiosa do golpe de 64 é a que envolve Juscelino Kubitschek e Castelo Branco.

JK era presidente (1958) e estava avaliando a lista dos militares do Exército para promoção. Chegou ao nome de Castelo Branco. Se fosse promovido a general, Castelo continuaria na ativa; se não fosse, iria para a reserva – ou seja: não teria mais chance alguma de intervir na vida política nacional.

O ministro da Guerra, Henrique Teixeira Lott, alertou:

– Presidente, o Castelo é um lacerdista ferrenho.

JK perguntou:

– Mas é um militar competente?

– Competente, é. Íntegro, respeitado na tropa – respondeu Lott.

– Isso é o que interessa. Ele tem tanto direito de ser lacerdista quanto eu de não sê-lo – respondeu JK, determinando a promoção de Castelo Branco a general.

Seis anos depois Castelo foi o principal nome do golpe. O primeiro presidente da ditadura. E chegou às suas mãos o pedido de cassação de JK, feito pelos golpistas mais fanáticos.

JK era o favorito disparado para eleger-se presidente em 1965, se houvesse eleições. Se não houvesse, se elegeria para qualquer outro cargo.

Não havia nada que justificasse a sua cassação, a não ser o temor dos adversários do seu poderio eleitoral.

O destino de JK foi parar nas mãos de Castelo – que só estava ali, como presidente, porque anos antes fora promovido por ele.
Mas Castelo não hesitou.

Cassou JK, que nunca mais disputou uma eleição. Morreu em 1976, aos 73 anos.

Poucas histórias definem tão bem o que é ser e não ser um democrata

Gilmar Mendes dá habeas corpus para Cunha

Gilmar Mendes dá habeas corpus para Cunha: Por Altamiro Borges O ministro Gilmar Mendes é famoso por sua militância tucana e pelos habeas corpus que já concedeu em sua vergonhosa hi...

Iron Maiden Cover

segunda-feira, 4 de abril de 2016

Os delirios de poder da familia Frias

O jornal que escreveu esse “editorial” infame pedindo a cassação de 54 milhões de votos com base em manifestações de rua e na índole golpista da imprensa e da oposição se coaduna à perfeição com a natureza do homem que fundou essa pocilga que alguns chamam de “jornal”.

sábado, 2 de abril de 2016

O QUE (OU QUEM) LEVA MORO A DESTRUIR O BRASIL?

março 27, 2016 Por Mareu Soares

A colunista Sonia Racy, do Estadão, informa que a empreiteira Odebrecht avalia a possibilidade da mudança de nome e a transferência de sua sede para Miami, nos Estados Unidos. A operação Lava Jato resultou em um desgaste maior que o esperado.

A empresa é de capital fechado. Opera em três continentes. Uma das maiores construtoras do mundo. Americanos agradecem.

Resultado também do desgaste, a empresa Andrade Gutierrez está estudando mudar-se para a cidade do México.

Da mesma forma, a empresa Queiroz Galvão pensa abandonar o país e mudar-se para Madri ou Londres.

Até o final dos anos 1990 a lei alemã permitia que as empresas particulares pagassem propina a autoridades do exterior para facilitar a aprovação de contratos. Nos anos 1980 a prática era tão comum que o valor das propinas podia ser descontado do imposto de renda. Foi assim que a Siemens foi contratada nos governos do PSDB em São Paulo, para compra e manutenção dos trens do metrô. Mas a empresa exagerou. Entre 2001 e 2007 fez mais de 4 mil pagamentos ilegais em mais de 20 países, no montante de US$ 1,4 bilhão. Descoberto o fato pelo organismo anticorrupção Trace International, foi conhecido como “O escândalo Siemens”.

E o que aconteceu após?

O governo alemão interveio. Trabalhou junto com um comitê de auditoria da empresa. A cúpula da empresa caiu. Alguns membros do conselho administrativo foram presos. A Siemens arcou com uma multa de US$ 1,6 bilhão. A legislação alemã sofreu alterações, com mais rigidez, para todas as empresas. Foi criado um sistema de “compliance” (integridade e obediência às leis), com um cargo nas diretorias (Chief Compliance Officer).

Mas a empresa continuou a operar completamente. Nenhum operário foi demitido. Os trabalhos contratados prosseguiram. A Siemens não foi proibida de entrar em novas licitações. Continuou com crédito bancário.

O professor Biancarelli, da Unicamp, lembra que nos Estados Unidos houve casos em que empresas ameaçadas de quebrar por práticas inadequadas de seus executivos foram salvas pelo Estado.

E aqui em Pindorama?

O Ministério Público divulgou em 20 de fevereiro de 2016 que a denominada operação Lava Jato já teria recuperado R$ 2,9 bilhões de supostos desvios.

A informação, onde e por quem foi veiculada – a grande imprensa das onze famílias, tem a insofismável intenção de impor aos leitores a certeza de que a operação está no caminho certo e comportando-se dentro da mais legítima e eficiente estratégia. Essa imprensa não se limita a informar; o seu escopo é especificamente formar opiniões.

Querem enfatizar a posição deste Sergio Moro de Curitiba, tantas vezes repetidas ao longo dessa operação, mais pirotécnica do que efetiva, de que a mesma não tem repercussão na economia brasileira. Como a visão do condutor do processo também é limitada, ou dirigida, ele deve se reportar ao que a “força tarefa” gasta, sob todas as rubricas administrativas, nas investigações realizadas.

Mas a conta é diferente.

O primeiro ano da Lava Jato foi mais investigativo do que punitivo. Mas, já na metade de 2015, comentaristas financeiros começaram a se debruçar nos cálculos da repercussão econômica das primeiras punições a empresas (enquanto os delatores, réus confessos, tinham suas penas suspensas pelas delações).

A Consultoria Tendências, dentro da previsão de uma contração de 3,2 pontos no PIB previsto para o ano de 2015, estimava em 2,5 do PIB o impacto negativo da Lava Jato, afirmando que a operação estava paralisando setores que têm um peso muito grande nos investimentos totais da economia.

Não se deve esquecer que o setor de petróleo e gás é responsável por 13% do PIB nacional. De cada R$ 1,00 que a nossa Petrobras investe na economia, outros R$ 3,00 são gerados no país.

Já um pouco antes, em abril de 2015, um estudo da Fundação Getúlio Vargas e do Centro de Estudos de Direito Econômico e Social (Cades), estimava uma redução de R$ 87 bilhões do PIB no ano por conta exclusiva da Operação Lava Jato, além da perda de mais de um milhão de empregos. Isto à conta de paralisação de obras, calote de empresas, falência de companhias e desemprego. Na época já havia pedido recuperação judicial a OAS, o grupo Galvão e a Alumini. A recessão era prevista também para estados e municipios.

Outra consultoria, a GO Associados, na metade de 2015, anunciava que os efeitos da Lava Jato ao final do ano poderiam chegar a R$ 142,6 bilhões considerando os impactos diretos e indiretos. Gesner Oliveira aponta que “o espetáculo na investigação prevaleceu sobre o conteúdo”.

A realidade mostra que a operação transformou-se em uma novela, sendo mostrado diariamente algum fato nos jornais e na TV, como se fosse um show midiático. Dura mais de dois anos. Recuperou cerca de três bilhões de reais. No seu transcorrer foram desrespeitadas todas as leis possíveis, desde o Código de Processo Penal à própria Constituição Federal, e por um sedizente juiz. E o custo ao país? Considerando-se que a retração do PIB em 2015 foi efetivamente de 3,8% (R$ 224,35 bilhões), e as menores taxas de retração previstas exclusivamente à Lava Jato para o índice de 2,5 %, o espetáculo do Moro abalou a economia nacional em mais de R$ 147,6 bilhões, neste caso um dano irrecuperável.

Tudo poderia ter sido feito de outra maneira, discreta, efetiva, com a CGU, CADE, e num curtíssimo prazo, sem os vazamentos e a pirotecnia midiática.

A quem interessa esse prenúncio de caos da economia nacional? Intencional ou não o capital internacional torce para que Moro prossiga no desmantelamento da indústria e da tecnologia das empresas brasileiras, levando-as à falência e absorção por empresas estrangeiras ou mudando suas sedes e se dedicando a emprendimentos em outros países, abandonando o apoio que dão à Petrobras, obrigada aí a contratar alienígenas.

E a Esfinge e seu enigma? Dialeticamente só há duas possibilidades, sem terceira via.

Na primeira, Moro seria uma personalidade infantilizada, não resolvida, megalomaníaca, narcisista, crente em ser possuidor de uma magnificência predestinada à salvação dos costumes e da moralidade (apesar de receber salário muito superior ao teto), cuja postura habitualmente cativa por uma falsa modéstia e timidez, tipo que costuma ser cercado por seguidores fanáticos, quase sempre também religiosos e crentes e que igualmente julgam estar operando desígnios de Deus. Em funções de comando ou decisão, as atitudes desses tipos de personalidade costumam ser deletérias, causando mais prejuízos do que benefícios. A realidade está a mostrar.

Na segunda, Moro estaria a serviço, com dizia Brizola “de forças internacionais”, o que parece ser a suspeita muito forte do Mino Carta.

De qualquer sorte é necessário um basta. Ainda há tempo. O câncer está em fase inicial? Cirurgia! Extirpação do tumor antes que tome todo o organismo.

Moro, um fracasso retumbante

sexta-feira, 1 de abril de 2016

O Brasil não pode mais

Euler Conrado

sex, 01/04/2016 - 19:54

O Brasil não pode mais tolerar esse juiz Moro e sua equipe da lava-jato, operação criada para perseguir o PT, Lula e Dilma. Desde quando o aparato judicial-policial poder ser transformado em instrumento de perseguição política? Isso só na ditadura. Das 27 fases da lava-jato, TODAS foram dedicadas ao empenho de castigar e humilhar e prender dirigentes do PT e pessoas ligadas a elas. NENHUMA foi dedicada à investigação das denúncias contra os caciques tucanos. E olha que houve pelo menos umas cinco denúncias contra Aécio e também contra Anastasia, contra FHC, contra Serra, isso sem falar nas duas listas conhecidíssimas: a de Furnas e a da Odebrecht, todas envolvendo os caciques tucanos, Eduardo Cunha e demais dirigentes da oposição golpista, e que foram "esquecidas" pelos juízes e procuradores e delegados da PF. Ora, a ação desse juiz Moro e sua equipe passou de todos os limites. Toda vez que há manifestações a favor ou contra o governo o juiz Moro arranja alguma operação ou algum ato espetaculoso, em parceria com a Globo, ou para tentar intimidar os que defendem a democracia, ou para fornecer lenha para a fogueira dos defensores do golpe. Isso sem falar também nas INÚMERAS práticas ilegais e imorais cometidas pelo juiz tucano e da CIA. Vamos enumerar algumas: 1) usar e abusar das prisões preventivas de forma espetaculosa, sem que o investigado tenha sido condenado, como forma de torturá-lo até que aceite a delação seletiva premiada; 2) perseguição ao PT e blindagem ao PSDB. Qualquer denúncia contra dirigentes petistas, principalmente das pessoas próximas de Lula, são investigadas exaustivamente; já as denúncias contra os caciques do PSDB são arquivadas, sem qualquer investigação; 3) perseguição ao presidente Lula. A lava-jato, que aparentemente tinha seu foco no combate à corrupção envolvendo empresas que superfaturaram obras contratadas pela Petrobras, passou a investigar qualquer assunto que pudesse envolver o ex-presidente Lula. Do triplex de Guarujá, passando pelo barquinho de lata do sítio de Atibaia, até a operação atual, que tenta reacender as investigações envolvendo a morte de Celso Daniel. Quando se trata de investigar crimes nos governos FHC ou os da década de 80, os paladinos da moralidade dizem que não vem ao caso, que já prescreveu. Quando se trata de criminalizar o PT, daqui a pouco vão reabrir o inquérito policial-militar instaurado pela ditadura contra Lula; 4) vazamentos seletivos de informações que deveriam ser mantidas em segredo de justiça, mas são entregues aos bandidos da mídia golpista, para manter os ataques diários ao PT, governo Dilma e Lula; 5) grampo ilegal nos telefones da presidenta da república e dos advogados do presidente Lula. Mesmo sabendo se tratar de gravações duplamente ilegais - de grampo desautorizado judicialmente e de uma presidenta da República - o juiz Moro mandou divulgar para sua protetora Globo poder insuflar o povo brasileiro contra Lula e Dilma - o que poderia ter causado muitas mortes, pelo ódio introjetado na cabeça dos cidadãos pela mídia; 6) sequestro do presidente Lula, em ato ilegal, abusivo, que contraria as garantias constitucionais. Entre outras. AGORA imaginem se a presidenta Dilma, se fosse menos republicana, até ingênua demais, resolvesse responder a essa direita golpista com a mesma moeda? O que aconteceria? Dilma escolheria um diretor da PF valente que formaria uma equipe de uns 100 delegados para uma força-tarefa especial de combate à sonegação de impostos, tráfico de influência, entre outros crimes, e passaria agir na mesma medida: escolheria um juiz mais à esquerda, de preferência no Nordeste, uma equipe de procuradores também progressistas e passaria a perturbar a paz desses que tramam o golpe contra o Brasil. Numa operação, prenderia os filhos de Roberto Marinho e toda a sua equipe de diretores, editores e comentaristas. Não faltam motivos para isso, desde a sonegação, até o tráfico de influência de poder, as práticas ilegais para o monopólio das transmissões do Campeonato Mundial e nacionais, os esquemas publicitários, e até mesmo antigos envolvimentos golpistas, etc. Todos eles ficariam presos vários dias ou meses, se o governo atuasse num estado com desembargadores mais progressistas, o oposto do Paraná, que está para a direita. Da prisão dos Marinhos, o governo investiria contra a família Moro, que tem muito explicar, já que a esposa de Moro foi assessora de governo do PSDB do Paraná e trabalha, segundo consta, para empresa multinacional da área do petróleo. Ou seja, os Moro têm total interesse na privatização da Petrobras. Em seguida seria a vez de Aécio, Serra e Agripino responderem pelos inúmeros crimes atribuídos a eles nas delações premiadas. Poderiam até lançar mão do material colhido pela lava-jato e que não foi usado para fins de investigação. Todo mês uma nova operação em resposta às operação caça-petistas da lava-jato. Para cada prisão de um petista, o governo mandaria prender dois ou três tucanos, demos e outros tipos, incluindo os donos da mídia. E em seguida, com grampos em todos eles e percebendo as falas seletivas e indícios de corrupção, conspiração e favorecimento envolvendo todos esses personagens, o governo passaria a exigir o cancelamento da concessão pública da Globo, da Band e das rádios envolvidas no golpe. Claro que uma operação conduzida pelo governo como está sendo conduzida a lava-jato descobriria o plano secreto objetivando a derrubada do governo, a destruição do PT, a prisão de Lula, a entrega da Petrobras e do pré-sal e o confisco dos direitos sociais e trabalhistas. Bingo! O governo teria todos os argumentos e provas e indícios e personagens presos já dispostos a depor até aquilo que não sabem, o que constituiria material suficiente para propor a prisão permanente de todos eles. Seria republicano? Claro que não. Mas, e a lava-jato é o quê, senão um estado judicial-policial paralelo com total poder para fazer o que bem entende, passando inclusive por cima da Carta Magna? Se quisesse agir como vem fazendo o juiz, aspas, Moro e sua equipe de procuradores e delegados da PF, não sobraria um deles - os Marinhos, os Frias, os Civitas, os Moros, os Agripinos, os Eduardo Cunhas, os Serras, os Caiados, os Paulinhos da Força, os Aécios, enfim, essa tralha toda que está destruindo a democracia brasileira ante ao silêncio e à omissão dos que deveriam agir em nome da Lei e do bom senso. P.S. Reparem a semlhança na eficácia, aspas, dos atos de dois personagens golpistas: Moro e Eduardo Cunha. Ambos usando aparentemente os instrumentos legais, mas na prática rasgando a constituição federal, passando por cima das instituições, usando e manipulando os aparatos estatais, em parceria com a mídia para atingir fins escusos. Moro, Cunha, Gilmar Dantas e Aécio, quatro golpistas que mereciam estar presos pelo estrago que estão fazendo à democracia e ao país como um todo.