sexta-feira, 1 de abril de 2016

O Brasil não pode mais

Euler Conrado

sex, 01/04/2016 - 19:54

O Brasil não pode mais tolerar esse juiz Moro e sua equipe da lava-jato, operação criada para perseguir o PT, Lula e Dilma. Desde quando o aparato judicial-policial poder ser transformado em instrumento de perseguição política? Isso só na ditadura. Das 27 fases da lava-jato, TODAS foram dedicadas ao empenho de castigar e humilhar e prender dirigentes do PT e pessoas ligadas a elas. NENHUMA foi dedicada à investigação das denúncias contra os caciques tucanos. E olha que houve pelo menos umas cinco denúncias contra Aécio e também contra Anastasia, contra FHC, contra Serra, isso sem falar nas duas listas conhecidíssimas: a de Furnas e a da Odebrecht, todas envolvendo os caciques tucanos, Eduardo Cunha e demais dirigentes da oposição golpista, e que foram "esquecidas" pelos juízes e procuradores e delegados da PF. Ora, a ação desse juiz Moro e sua equipe passou de todos os limites. Toda vez que há manifestações a favor ou contra o governo o juiz Moro arranja alguma operação ou algum ato espetaculoso, em parceria com a Globo, ou para tentar intimidar os que defendem a democracia, ou para fornecer lenha para a fogueira dos defensores do golpe. Isso sem falar também nas INÚMERAS práticas ilegais e imorais cometidas pelo juiz tucano e da CIA. Vamos enumerar algumas: 1) usar e abusar das prisões preventivas de forma espetaculosa, sem que o investigado tenha sido condenado, como forma de torturá-lo até que aceite a delação seletiva premiada; 2) perseguição ao PT e blindagem ao PSDB. Qualquer denúncia contra dirigentes petistas, principalmente das pessoas próximas de Lula, são investigadas exaustivamente; já as denúncias contra os caciques do PSDB são arquivadas, sem qualquer investigação; 3) perseguição ao presidente Lula. A lava-jato, que aparentemente tinha seu foco no combate à corrupção envolvendo empresas que superfaturaram obras contratadas pela Petrobras, passou a investigar qualquer assunto que pudesse envolver o ex-presidente Lula. Do triplex de Guarujá, passando pelo barquinho de lata do sítio de Atibaia, até a operação atual, que tenta reacender as investigações envolvendo a morte de Celso Daniel. Quando se trata de investigar crimes nos governos FHC ou os da década de 80, os paladinos da moralidade dizem que não vem ao caso, que já prescreveu. Quando se trata de criminalizar o PT, daqui a pouco vão reabrir o inquérito policial-militar instaurado pela ditadura contra Lula; 4) vazamentos seletivos de informações que deveriam ser mantidas em segredo de justiça, mas são entregues aos bandidos da mídia golpista, para manter os ataques diários ao PT, governo Dilma e Lula; 5) grampo ilegal nos telefones da presidenta da república e dos advogados do presidente Lula. Mesmo sabendo se tratar de gravações duplamente ilegais - de grampo desautorizado judicialmente e de uma presidenta da República - o juiz Moro mandou divulgar para sua protetora Globo poder insuflar o povo brasileiro contra Lula e Dilma - o que poderia ter causado muitas mortes, pelo ódio introjetado na cabeça dos cidadãos pela mídia; 6) sequestro do presidente Lula, em ato ilegal, abusivo, que contraria as garantias constitucionais. Entre outras. AGORA imaginem se a presidenta Dilma, se fosse menos republicana, até ingênua demais, resolvesse responder a essa direita golpista com a mesma moeda? O que aconteceria? Dilma escolheria um diretor da PF valente que formaria uma equipe de uns 100 delegados para uma força-tarefa especial de combate à sonegação de impostos, tráfico de influência, entre outros crimes, e passaria agir na mesma medida: escolheria um juiz mais à esquerda, de preferência no Nordeste, uma equipe de procuradores também progressistas e passaria a perturbar a paz desses que tramam o golpe contra o Brasil. Numa operação, prenderia os filhos de Roberto Marinho e toda a sua equipe de diretores, editores e comentaristas. Não faltam motivos para isso, desde a sonegação, até o tráfico de influência de poder, as práticas ilegais para o monopólio das transmissões do Campeonato Mundial e nacionais, os esquemas publicitários, e até mesmo antigos envolvimentos golpistas, etc. Todos eles ficariam presos vários dias ou meses, se o governo atuasse num estado com desembargadores mais progressistas, o oposto do Paraná, que está para a direita. Da prisão dos Marinhos, o governo investiria contra a família Moro, que tem muito explicar, já que a esposa de Moro foi assessora de governo do PSDB do Paraná e trabalha, segundo consta, para empresa multinacional da área do petróleo. Ou seja, os Moro têm total interesse na privatização da Petrobras. Em seguida seria a vez de Aécio, Serra e Agripino responderem pelos inúmeros crimes atribuídos a eles nas delações premiadas. Poderiam até lançar mão do material colhido pela lava-jato e que não foi usado para fins de investigação. Todo mês uma nova operação em resposta às operação caça-petistas da lava-jato. Para cada prisão de um petista, o governo mandaria prender dois ou três tucanos, demos e outros tipos, incluindo os donos da mídia. E em seguida, com grampos em todos eles e percebendo as falas seletivas e indícios de corrupção, conspiração e favorecimento envolvendo todos esses personagens, o governo passaria a exigir o cancelamento da concessão pública da Globo, da Band e das rádios envolvidas no golpe. Claro que uma operação conduzida pelo governo como está sendo conduzida a lava-jato descobriria o plano secreto objetivando a derrubada do governo, a destruição do PT, a prisão de Lula, a entrega da Petrobras e do pré-sal e o confisco dos direitos sociais e trabalhistas. Bingo! O governo teria todos os argumentos e provas e indícios e personagens presos já dispostos a depor até aquilo que não sabem, o que constituiria material suficiente para propor a prisão permanente de todos eles. Seria republicano? Claro que não. Mas, e a lava-jato é o quê, senão um estado judicial-policial paralelo com total poder para fazer o que bem entende, passando inclusive por cima da Carta Magna? Se quisesse agir como vem fazendo o juiz, aspas, Moro e sua equipe de procuradores e delegados da PF, não sobraria um deles - os Marinhos, os Frias, os Civitas, os Moros, os Agripinos, os Eduardo Cunhas, os Serras, os Caiados, os Paulinhos da Força, os Aécios, enfim, essa tralha toda que está destruindo a democracia brasileira ante ao silêncio e à omissão dos que deveriam agir em nome da Lei e do bom senso. P.S. Reparem a semlhança na eficácia, aspas, dos atos de dois personagens golpistas: Moro e Eduardo Cunha. Ambos usando aparentemente os instrumentos legais, mas na prática rasgando a constituição federal, passando por cima das instituições, usando e manipulando os aparatos estatais, em parceria com a mídia para atingir fins escusos. Moro, Cunha, Gilmar Dantas e Aécio, quatro golpistas que mereciam estar presos pelo estrago que estão fazendo à democracia e ao país como um todo.

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